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Não sei se você percebeu, mas há algumas pessoas que tem medo de falar certas palavras. Quer ver só?
Se uma moça está conversando com outra e lembram-se de uma garota que sofreu estupro, uma fala:
- Sabe aquele menina? Um homem agarrou a coitadinha.
Por que não falar que ela foi estuprada logo? Outra palavra é "menstruada".
- Minha filha ficou mocinha!
Por que não dizer que ela menstruou?
E os piores! Relacionados a sexo!
- Mentira que fulana já "pimbou"?
- Mas ela já "coisou"?
- Então ela deu sim!
- Duvido que ainda não tenham feito aquilo.
Por que não, simplesmente, utilizam das palavras "sexo", "transar", "relação sexual"?
E agora algo que me deixa indignada (afinal no Curso Normal me prepara para trabalhar com partes do corpo com a criança) é quando escuto:
- Vê se lava a periquitinha hein!
- Coloca o pixoco pra dentro da calça, menino!
- Lava direito o piu-piu/pintinho/bingulim.
- Cadê a pererequinha da mamãe? Cuti cuti!
Com tantos nomes assim a criança sempre vai se confundir, uma vez que ela tem bingulim e o amigo tem pixoco. Não seria mais fácil ensiná-las que possuem ou vagina ou pênis?
Um caso, por exemplo, foi o da minha professora de Bilogia que falava para sua filha que ela tinha periquita. Todo dia ao dar banho na menina, ela dizia:
- Olha a periquitinha!
Um belo dia, minha professora leva sua filha ao zoológico, e a chama:
- Vamos, filha, ver o viveiro de periquitas, é um lugar onde tem um monte de periquita pendurada.
A menina começou a chorar e disse que não ia. Imagine a cena que estava passando na cabeça da pobre coitada.
Imagine se você um menino que está acostumado a chamar seu pênis de pintinho em um galinheiro.
Se não déssemos nomes errados para as partes íntimas, você certamente não teria pensado besteira na primeira vez que viu o link desse blog.
Que tal ensinarmos para a próxima geração que o certo a se fazer é chamar cada coisa com seu devido nome? Evitaríamos várias situaçãos constrangedoras!