Ela nasceu do fruto de uma mentira, esta que era casada com o desrespeito. Uma filha bem criada, fria e decidida. Ia todo dia aonde sua maior inimiga se encontrava. Com sua pose perfeita de ser brilhante, brilhava. Sua voz era perfeita. Ela era a perfeição.
Sua inimiga, a verdade, mostrava-se quieta, serena, apática, até. Mas ela, não. Precisava mostrar para a verdade que ela será a dominante, que nasceu para ter subordinados e enganados aos seus pés, enquanto a verdade, mísera e desprezível, só estava nos pensamentos de poucos. Esses poucos eram os transparentes, mas pouco ouvidos. Afinal, quem ousaria acreditar em quem acreditava na verdade, se a perfeição estava nela?
E ela... Ela se chama falsidade.
