quinta-feira, 29 de julho de 2010

Saiba ser feliz

Será que há um roteiro pra ser feliz? Já li livros de auto-ajuda que insistem em dizer as mesmas coisas, claro que utilizando paráfrases. Em resumo de todas as palavras que já li, servindo de apoio tais livros, tal textículo me saiu à mente. Uma estrada para a felicidade.

Passo 1. Acorde. Abra os olhos, espreguiça-se, sinta teu próprio mau-hálito. Veja que está viva e que ao contrário de você há pessoas que não tiveram o prazer de acordar em mais um dia da vida. (tecnicamente, em menos um dia da vida).
Passo 2. Faça tudo o que você quiser fazer. Com respeito aos outros, óbvio. Se é de sua vontade ficar o dia inteiro em casa, assim o faça. Se é da sua vontade falar no MSN com o peguete antes que ele venha falar contigo, faça! Se é da sua vontade falar umas boas verdades para aquela amiga trouxa que está sendo enganada pelo namorado e você sabe disso, faça! Faça o que quiser! Pelo menos um dia na vida, você merece isso.
Passo 3. Não tente ser perfeito ou buscar a perfeição nos outros. Ninguém é perfeito. A graça na vida está em não ser perfeito, mô bem. Afinal, você poderá dizer “Errei, sim, mas você também erra”, sacou?
Passo 4. Não sofra antecipadamente. Se for pra ser será. Hoje é o hoje, se não fosse seria ontem ou amanhã. Como é hoje, viva o hoje. O ontem já foi para o beleléu e não há mais nada que possa fazer para mudá-lo. O amanhã ainda nem chegou, cara, pode ser ruim, como pode ser bom, então só resta espera-lo.
Passo 5. Busque informações. Não pare no tempo. Converse, fale, escute ou leia. Fofocar é uma ótima maneira de estar informada. Outra tão boa quanto é passar os olhos na Perereca. Está sempre com alguma coisa nova.
Passo 6. Saiba que há muitos passos para ser feliz. A vida é fácil, nós a complicamos. Problemas existem e junto com eles, suas soluções. Saiba ter problemas, sem descontar na vida.
Passo 7. Não procure um roteiro para saber como viver. Viva! É mais fácil e mais prazeroso.
Passo 8. Não tenha medo da morte. A morte é um processo natural, todo mundo passa por ela. E você passará também. Pode ser amanhã ou daqui a cem anos. O que não significa que você precise desejá-la, afinal a vida é muito mais bonita que a morte. Você morto não pode fazer sexo, nem beijar na boca. Ahá!
Passo 9. Diga ‘eu te amo’, não só pelo MSN ou Orkut. Você pode perder quem ama muito rápido e esta pessoa pode ir para um lugar melhor sem nunca ter ouvido essa frase. Experimente.
Passo 10. Não siga esses passos ao pé da letra, nem qualquer outros. Crie seus passos. S e j a f e l i z !




domingo, 25 de julho de 2010


E quem disse que pra estar junto precisa estar perto?
Infelizmente te amo, eterno Baby! E chato!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ah! O amor!

Não quero escrever sobre o amor. Ele é tão bonito para se resumir.
Até porque em alguns meses lerei novamente este texto e me impressionarei com minha imaturidade. Imatura por tentar falar de algo tão grande comparado ao meu tamanho. Vontade íntima de relatar sobre o amor em mim, eu tenho. Redundância é perdoável nesse caso. O amor não é perdoável, ora bolas? Que escroto, aqui estou escrevendo sobre o amor, sem a intenção de fazê-lo. O que me faz fazer isso? Pode ser tal vocábulo importante e significante conhecido como ‘saudade’. Ou seria a tal ‘carência de carinho’? Por fim, finalizo, finalmente, aquilo que não pode nem deve ter um fim tal qual não deve estar em textos, pois estes chegam a parte do ponto final. Amor, tão bonito! Uso, então, as reticências...








Créditos: Para todos os meus amores. Minhas duas famílias ( família e amigos [o que também inclui G. Felix] ) que fazem o meu amor não ser barrado no ponto final e ter o prazer de continuar com as reticências. Um ‘eu te amo’ para todos! Sem piegas!
Nove horas da manhã, já não tinha ninguém em casa. Levantou com o sono lhe puxando pra baixo. No espelho do banheiro via uma espinha enorme que ficaria ali por tempo indeterminado, claro. Banho? Não, agora não, está frio, poxa. Escovar os dentes? Sim, por favor! Pasta sabor menta. Mas menta não dá mau hálito? Que seja! Continuou com o pijama, óbvio. Quem lhe incomodaria em um dia tão monótono como aquele? Na cozinha, um copo de leite, antes tão comum, hoje não lhe agradava. Queria a Vodca. Para o café da manhã? Sim, por favor! O pão de ontem, hoje duro, lhe doeu às entranhas. Foi empurrada goela abaixo, afinal. No corredor, avistou o quarto da irmã. Dentro deste, avistou seu closet. No closet, avistou um vestido. Deveria? Por que não? Vermelho, justo, decotado, costas abertas. Foi mais que automático que o tecido lhe passasse pelo corpo e em pouco tempo lhe cobrisse. Não roubava, experimentava por instantes. Rodou com um desconcerto razoável por entre os cabides do closet. Encontrou um salto XV. Encontrou outro tão bonito quanto que ficou apertado no seu pé, obviamente. Mas não era problema, calçaria assim mesmo. Mesmo que por instantes. No banheiro do mesmo quarto, encontrou a bolsa de cosméticos de sua linda irmã. Seus dedos foram ágeis, puxaram o lápis de olho, o rímel, o blush, o pó compactor. E a sombra, então, amarela e verde. Deliciava-se com uma maquilagem exuberante (ou extravagante?). Ah! As bijuterias! Colares, brincos, pulseiras, anéis. Eram todos os enfeites sobre si.
Olhou seu corpo totalmente estranho ao espelho. Não se reconheceria se não soubesse que era quem era. Olhou para o relógio sobre o criado mudo do quarto feminino. 11:35. Ih! Tarde demais. Foi o tempo de virar seu corpo desajeitado para ver a porta do quarto abrir-se e a figura corpulenta de seu pai, junto ao corpo esguio de sua mãe, contendo ainda a presença dos olhos da irmã. Todos fitavam o mesmo ponto: a figura estranha, adornada! E foi a voz da jovem que quebrou o silêncio e o constrangimento:
- O que é que tem? Ele só acordou meio... sei lá.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Transitivo direto

Eu abri.
Peguei.
Tomei.
Assisti.
Levei.
Trouxe.
Entreguei.
Tirei.
Mexi.
Senti.
Tentei.
E por fim, indiretamente, não consegui.
Créditos: Dia do amigo! ♥

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Limitação auditiva

' Lá estavam os três anfíbios. Sapo, perereca e rã. O campeonato consistia na travessia da montanha, onde o vencedor seria quem chegasse ao outro lado primeiro. A montanha era enorme, surreal de tão grande que era. E foi dada a partida. A plateia, estarrecida, não cessava os gritos. "Desistam!" "Voltem, vocês não vão conseguir!" E em poucos minutos, o sapo descia, derrotado. Desistia. Os outros dois continuavam pulando, e os gritos não paravam. "Vocês não vão conseguir!" Em poucos minutos, a rã desistia. E lá estava a perereca, pulando sem cessar, sem temer. Os gritos continuavam: VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR, DESISTA! Porém, ela não desistiu. Algum tempo depois, a perereca atravessava a grande montanha. Do outro lado, questionaram-na como a mesma havia conseguido e descobriram, por fim: a perereca era surda. '
Muitas são as vezes que não conseguimos mais pelos outros do que por nós. Limite-se auditivamente para aquilo que tenta te impor limites e barreiras. Quem sabe até onde você consegue ir é você; você sabe do que é capaz. Seja surdo! Seja surda! É muito fácil desistir... Mas, vem cá, tudo que vem fácil é mais proveitoso e gratificante?

domingo, 4 de julho de 2010

Bipolaridade





Era constante sua luta com o interior, pessoa. Ela sabia exatamente como controlar o monstro que estava no seu íntimo. Se usava cedativos fortes, não sei, o que sei é que o controle era inexplicável. Inenarrável, até. Não podia fazer isso e não se atrevia a fazer aquilo. O próximo passo era pensado e repensado. Afinal, o monstro podia se soltar A QUALQUER MOMENTO. Vivia nesse jogo de segura aqui e empurra um pouco ali. Chegava a não dormir.No fim, sempre vencia mesmo. Foi assim até aquele dia. Alguém, destemido, depravado, imbatível, e por vez, inesquecível, apareceu de forma tão abrupta e sutil que a levou ao descontrole. A luta foi insaciável, ela tentava, segurava, polia, remediava. Não funcionava. Não adiantava. No exato momento o mosntro está livre. Uiva constantemente. A criatura original, aquela que fazia questão de caminhar com a coleira, a chave e o cadeado no bolso todo dia e toda noite, agora vive e sobrevive concomitante ao monstro solto. Este? Faz o que quer. Ele vive e incendeia... noite e dia, dia e noite. É até mais prazeroso, sabia? Agora ambos conseguem dormir. Sem pesos e sem correntes. E me pergunto: Por que não se soltou antes, ORRA? Já estava na hora do disfarce e do falso controle cair. Amém.
* Agradecimentos a Alanie, motivadora inicial para acabar com a preguiça do ser que aqui escreve. :B