Era constante sua luta com o interior, pessoa. Ela sabia exatamente como controlar o monstro que estava no seu íntimo. Se usava cedativos fortes, não sei, o que sei é que o controle era inexplicável. Inenarrável, até. Não podia fazer isso e não se atrevia a fazer aquilo. O próximo passo era pensado e repensado. Afinal, o monstro podia se soltar A QUALQUER MOMENTO. Vivia nesse jogo de segura aqui e empurra um pouco ali. Chegava a não dormir.No fim, sempre vencia mesmo. Foi assim até aquele dia. Alguém, destemido, depravado, imbatível, e por vez, inesquecível, apareceu de forma tão abrupta e sutil que a levou ao descontrole. A luta foi insaciável, ela tentava, segurava, polia, remediava. Não funcionava. Não adiantava. No exato momento o mosntro está livre. Uiva constantemente. A criatura original, aquela que fazia questão de caminhar com a coleira, a chave e o cadeado no bolso todo dia e toda noite, agora vive e sobrevive concomitante ao monstro solto. Este? Faz o que quer. Ele vive e incendeia... noite e dia, dia e noite. É até mais prazeroso, sabia? Agora ambos conseguem dormir. Sem pesos e sem correntes. E me pergunto: Por que não se soltou antes, ORRA? Já estava na hora do disfarce e do falso controle cair. Amém.
* Agradecimentos a Alanie, motivadora inicial para acabar com a preguiça do ser que aqui escreve. :B