quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sinônimo de 'Bom dia'

Acho impressionante como "Eu te amo" hoje em dia tomou um novo significado. As pessoas dizem 'eu te amo' com tanta rapidez. Conhece uma pessoa há menos de uma semana e já ama. A pessoa lhe diz um 'Oi, muito prazer', você já solta o 'te amo'. Por que precisamos ser tão amáveis assim? Por que frase tão bonita e tão profunda agora se tornou praxe? Amar não é apenas relacionado a homem e mulher, relação amorosa, paixão. Mas amar também não é apenas gostar da companhia de alguém. Amar é doação. É comprometimento. Não é gostar. É amar, oshi. E amor é construído. Amor é embasado. Demonstrá-lo é mágico. Forçá-lo ou encená-lo é vergonhoso. Enfim... O 'Bom dia' foi criado para se cumprimentar desconhecidos. O 'eu te amo', não.

Alienígena

Dizem que os homens são de Marte e as mulheres de Vênus. Sou de qualquer planeta. Menos da Terra. No meu planeta, o respeito não se resume a não pisar no pé do próximo. O amor não é limitado. Falar o que pensa não é pecado. Ninguém domina ninguém, cada um domina a si próprio. No meu planeta, o animal racional pensa. O animal racional entende que acabando com seu planeta está acabando com ele. Lá, abraço é de graça. Amar então... Não tem preço que pague. No meu planeta, contenta-se com o planeta que há. Não se estraga o lugar onde vive e procura outro pra estragar mais ainda. Lá, os habitantes impressionam-se como os Terráqueos conseguem ser tão prepotentes e egoístas. E mais que isso: Como conseguem ser tão idiotas?

domingo, 5 de setembro de 2010

Quando o assunto é amor, sou ignorante. Quando o assunto é política, sou analfabeta. Se falamos de futebol, sou uma tábua. Se o assunto é a vida, sou uma recém-nascida.

Nojo!


Tenho nojo! Nojo de quem pensa uma coisa e faz outra. Mais nojo ainda de quem fala uma coisa e faz outra. Nojo de quem usa máscara, ignorando as avalanches, os terremotos e as enchentes da vida. Um dia tudo balança e a máscara cai. Tenho nojo de quem usa o ‘eu te amo’ como forma de dominar o outro. Esquecendo que o outro é um ser humano e seres humanos gostam e acreditam na frase em questão. Tenho nojo de quem usa a religião para esconder seus podres, achando que usar a bíblia como absorvente de axila garante um lugar no céu. Tenho nojo daqueles que julgam, criticam, humilham, oprimem. E ajudar que é bom, nada! Nojo dos pseudohumanos. Que matam! Não só o corpo do próximo, mas a moral. Não tenho nojo de sapo, rã ou perereca! Não tenho nojo de animal. Tenho nojo de homem que age como animal irracional.

A perfeita

Ela nasceu do fruto de uma mentira, esta que era casada com o desrespeito. Uma filha bem criada, fria e decidida. Ia todo dia aonde sua maior inimiga se encontrava. Com sua pose perfeita de ser brilhante, brilhava. Sua voz era perfeita. Ela era a perfeição.
Sua inimiga, a verdade, mostrava-se quieta, serena, apática, até. Mas ela, não. Precisava mostrar para a verdade que ela será a dominante, que nasceu para ter subordinados e enganados aos seus pés, enquanto a verdade, mísera e desprezível, só estava nos pensamentos de poucos. Esses poucos eram os transparentes, mas pouco ouvidos. Afinal, quem ousaria acreditar em quem acreditava na verdade, se a perfeição estava nela?
E ela... Ela se chama falsidade.


A grande arte de atuar

Uma grande escritora uma vez disse:
“Não sou feliz, nem triste, sou poeta.”
Plagio bonito e faço delas minhas palavras. Quando escrevo, não quero que saiba se estou bem ou mal. Sou uma atriz. Sou roteirista. Meus escritos são minhas novelas. E quem disse que o beijo daquela atriz com aquele ator foi real? E quem diz que estou feliz ao escrever “seja feliz”? Não é falsidade, hipocrisia ou mentira descarada. É propaganda, leitor!
Os textos são intencionais, todo autor quer comprar leitor. O marketing não importa. O que importa é a negociação. Sthephanie Meyer comprou seu público criando a história que as adolescentes sonhadoras queriam ler. Os pagodeiros criam histórias que os sofridos se identificam. No meu caso, represento. Se estou triste ou feliz, escrevo o que vier. Quem sabe a atriz esteja se envolvendo com o ator. Quem sabe seja apenas beijo cinematográfico. Nunca se sabe. Cabe a nós a dedução!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Só amor



Por que eu sei que é amor?

Eu não peço nada em troca. ♪

domingo, 29 de agosto de 2010

Eros & Psiqué







Mito Grego - O amor e a alma


Pesquisa, vai. Vale a pena!

Soneto - Figuras de Linguagem

Crio anáfora
Crio o que quero
Crio que bem me entende
Crio o que quero ler.
Leio metonímias
Leio Rafael Sady
Leio Drummond
Leio minhas anáforas.
Subir pra cima
Ou descer pra baixo?
Pleonamo e antítese
Escrever-me sem me ler
Ler-te sem te escrever
Metáfora e paradoxo.

sábado, 28 de agosto de 2010

Queria ser uma perereca

Tem vezes que ser um anuro (rã, sapo, perereca) me parece mais agradável. Não pagam contas, não ficam loucos tentando passar para faculdade, não se estressam com os pais, com as irmãs, com os amigos, com os professores. Não se estressam com nada. Além disso, há vários prós em ser um anfíbio. Veja só:
- A perereca consegue esticar seu corpo até 10x o tamanho deste. Enquanto eu luto para crescer dois centímetros e deixar de ser a baixinha do grupo.
- Os sapos liberam seu veneno pela pele quando a pele é pressionada, envenenando assim seus predadores quando abocanhados. Enquanto meu veneno está no meu olhar ou na minha língua (ambos abstratos e quase não-fatais).
- Os anuros possuem cloaca e não ânus. Cloaca é um buraco por onde passa o cocô e o xixi, tudo no mesmo lugar, com muita praticidade e sem frescuras. Enquanto eu tenho que aturar dois lugares para liberar excreções, consequentemente limpar dois lugares.
- Entre outros...
Ser anuro me parece tão mais divertido!
Ops, esqueci de dois contras:
- A relação sexual deles é um abraço aertado. Relação fria, sem sentimentos, sem amor. Nem chegam a olhar um nos olhos do outro.
- Eles não criticam, não questionam.
Agora, lembrando desses dois fatos citados, fiquei em dúvida se queria ser uma perereca mesmo. Se bem que essas duas questões não são tão diferentes do que ocorre com muitos seres humanos. Vualá! Melhor eu ser do jeito que sou!

Estado civil: Feliz!

A pergunta que não quer calar:
Onde está decretado que para ser feliz é preciso ter um relacionamento?
Ser solteira ou solteiro não é o fim do mundo. Óbvio que ter alguém com quem compartilhar momentos, sentimentos, emoções e etcétera faz bem a saúde. Porém, não há motivos para ser infeliz se atualmente seu status no Orkut encontra-se solteiro.
Solteiros podem rir, podem beijar, podem abraçar, podem dançar, podem festejar, podem amar. Tudo o que os 'namorados e namoradas' (ou namorados e namorados ou namoradas e namoradas), 'maridos e mulheres' também podem. Além disso, todos nós podemos estar bem, felizes. Só depende da gente. Posso encontrar o bem estar que encontraria com um namorado, estando ocm um amigo. Amigos me fazem tão bem! A carência é inevitável, claro. E ela uma hora vai bater. Mas estar solteiro não é sinônimo de estar sozinho. Fica a dica!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Puta ou santa? Deixa-me ver...

“Não sou puta, nem sou santa: sou mulher.” (Eliane Kheyreedine)

Agora eu te pergunto, nem... Quem foi que disse que uma saia curta explicita uma mulher promíscua? E, além disso, quem foi que disse que uma saia comprida mostra uma puritana assumida? A gente se acostuma a rotular pessoas pelo jeito como se vestem, como andam, como falam, como nos olham. Vai dizer que você não fez isso alguma vez na vida. Eu já fiz! Várias e várias vezes. Cheguei a dizer que uma garota era a maior piriguete que eu já havia conhecido simplesmente por ela falar alto, andar rebolando e usar uma saia curta que quando se abaixava dava para ver o Mundo das Montanhas Saltitantes. Alguns dias depois descobri que eu estava diante de uma garota maravilhosa (não que as piriguetes não sejam, hein) e que de promíscua não tinha nem as cutículas das unhas. Como já acreditei piamente que certa garota iria ser canonizada por usar saias até o pé, blusas com gola até o pescoço, só usar o cabelo em coque, não ter furo nas orelhas e não falar um palavrão se quer. De santa ela não tinha nem o fio do pentelho.
Canto e danço funk, uso blusas decotadas, uso saias e shorts curtos (na medida certa, pois além de gorduras concentradas, tenho senso e noção de ridículo), falo muito e, vezes, falo gritando. Falo besteira, aperto meus amigos, abraço, beijo e mordo. Falo escrotice, falo sacanagem. Rebolo e Re-rebolo. Nada disso me define como Puta. Que por sinal é um nome um tanto pejorativo para definir mulheres promíscuas, já que a puta recebe dinheiro e as em questão fazem por amor ao ofício.
Não fico com todo mundo, não uso e nem quero usar drogas, oro e medito sempre que possível, amo meu Deus mais do que muitos possam imaginar, converso com Ele todo dia enquanto vou pra escola. Escuto hino gospel, respeito as religiões e as escolhas de cada um. Escuto no exato momento Rosa de Saron. Detesto promiscuidade. Nada disso me define como Santa ou Ave Talita Cheia de Graça.
O que devemos entender (e que graças a Deus já entendi há algum tempo atrás) é que não se santifica ou se crucifica uma pessoa por suas características superficiais. Sou tão boa quanto má. Tão livre quanto solta. Sou muito mais do que um resumo em duas características ínfimas, puta ou santa. Eu sou mulher, porra!

O Hoje de hoje

Hoje, toma-se café porque não tem Nescau. Vai-se de ônibus porque o trem atrasou. Come-se ovo porque o filé é muito caro. Fica-se com o mais chato porque o mais legal é mais feio. Estuda-se música porque Medicina é muito concorrido.
Hoje, vive-se de um jeito porque do outro é mais delicado, vezes até, mais perigoso. Beija-se querendo chutar e chuta-se querendo gritar. Beija-se qualquer um na falta de quem se quer. Diz-se qualquer coisa por não saber o que dizer.
Hoje, tudo é muito rápido. Começa-se algo já sabendo que irá terminar. Ilude-se ao iludir alguém, e, além disso, ilude-se ao iludir a si mesmo. A vida só tem graça se tiver festa, se não tiver, acaba-se o final de semana.
Hoje, não se pensa no hoje. Estuda-se para ter emprego amanhã. Trabalha-se para se aposentar amanhã. Beija-se hoje para amanhã não estar carente. Está carente hoje quem não tinha alguém ontem. Não está feliz hoje quem ontem não fez nada. Vive-se hoje porque nasceu ontem.
Hoje, tudo é mais complicado. Divertir-se é cansativo, pensar é cansativo; correr é cansativo. Complicar é cansativo. Ah! Viver é cansativo, oras!

Muito mais que fé mundana

Buscar a fé no intocável;
Acreditar em algo maior,
Insubstituível, invencível.
Encontro-me com Ele
Sentada, dominicalmente,
Nos bancos entre as paredes
Como sentada nas rochas
Apreciando a paisagem verde
Obra prima da força
Incomensurável.
Acreditar no caminho único?
Na doutrina humana única?
Nas falhas e interpretações mundanas?
Seguir, sem contestar,
Sem questionar;
Sem reler para reentender;
Livros lidos e interpretados
Pelos olhos do homem?
Prefiro ter fé.
Acreditar, rogar a Ele.
Amá-Lo, amá-los.
Seguir os mandamentos do bem.
Erradicar o mal quando possível;
Escondê-lo quando impossível.
Respirar o bom,
Evitar transpirar o mau.
Tê-Lo comigo 24 horas nos 365 dias.
Viver tendo fé, acreditando
Na vida e na bela arte
Do meu Criador.


domingo, 22 de agosto de 2010

Gostos e desgostos

Não gosto de Matemática, não gosto de cebola, não gosto de hipocrisia, não gosto de deslealdade, não gosto de falsidade, não gosto de arrogância, não gosto de estresse. Não gosto de legumes e verduras, não gosto de prepotência, não gosto de desrespeito, não gosto de pessoas bitoladas, não gosto de Martini, não gosto de Fofura de Churrasco, não gosto de Rock Metal, não gosto de pessoas que tentam ser o que não são, não gosto de pobres metidos a ricos. Não gosto de tanta coisa!
Gosto de chocolate. Gosto de ler e escrever, gosto de literatura, gosto de filmes de terror, gosto de gente humilde, gosto de rir, gosto de dançar, gosto de fazer os outros rirem, gosto de brincar, gosto de me divertir. Gosto de funk, gosto de respeito, gosto de relax, gosto de pique-esconde, gosto de anfíbios, gosto de morder, gosto de abraçar, beijar e apertar. Gosto de crianças. Gosto de ensinar e aprender. Gosto de tanta coisa!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010


Uma vez Regados, Regados até morrer! Meu amor eterno, as melhores irmãs que alguém podia querer!

Manu, Tati e Mires! Tchutchucas!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Saiba ser feliz

Será que há um roteiro pra ser feliz? Já li livros de auto-ajuda que insistem em dizer as mesmas coisas, claro que utilizando paráfrases. Em resumo de todas as palavras que já li, servindo de apoio tais livros, tal textículo me saiu à mente. Uma estrada para a felicidade.

Passo 1. Acorde. Abra os olhos, espreguiça-se, sinta teu próprio mau-hálito. Veja que está viva e que ao contrário de você há pessoas que não tiveram o prazer de acordar em mais um dia da vida. (tecnicamente, em menos um dia da vida).
Passo 2. Faça tudo o que você quiser fazer. Com respeito aos outros, óbvio. Se é de sua vontade ficar o dia inteiro em casa, assim o faça. Se é da sua vontade falar no MSN com o peguete antes que ele venha falar contigo, faça! Se é da sua vontade falar umas boas verdades para aquela amiga trouxa que está sendo enganada pelo namorado e você sabe disso, faça! Faça o que quiser! Pelo menos um dia na vida, você merece isso.
Passo 3. Não tente ser perfeito ou buscar a perfeição nos outros. Ninguém é perfeito. A graça na vida está em não ser perfeito, mô bem. Afinal, você poderá dizer “Errei, sim, mas você também erra”, sacou?
Passo 4. Não sofra antecipadamente. Se for pra ser será. Hoje é o hoje, se não fosse seria ontem ou amanhã. Como é hoje, viva o hoje. O ontem já foi para o beleléu e não há mais nada que possa fazer para mudá-lo. O amanhã ainda nem chegou, cara, pode ser ruim, como pode ser bom, então só resta espera-lo.
Passo 5. Busque informações. Não pare no tempo. Converse, fale, escute ou leia. Fofocar é uma ótima maneira de estar informada. Outra tão boa quanto é passar os olhos na Perereca. Está sempre com alguma coisa nova.
Passo 6. Saiba que há muitos passos para ser feliz. A vida é fácil, nós a complicamos. Problemas existem e junto com eles, suas soluções. Saiba ter problemas, sem descontar na vida.
Passo 7. Não procure um roteiro para saber como viver. Viva! É mais fácil e mais prazeroso.
Passo 8. Não tenha medo da morte. A morte é um processo natural, todo mundo passa por ela. E você passará também. Pode ser amanhã ou daqui a cem anos. O que não significa que você precise desejá-la, afinal a vida é muito mais bonita que a morte. Você morto não pode fazer sexo, nem beijar na boca. Ahá!
Passo 9. Diga ‘eu te amo’, não só pelo MSN ou Orkut. Você pode perder quem ama muito rápido e esta pessoa pode ir para um lugar melhor sem nunca ter ouvido essa frase. Experimente.
Passo 10. Não siga esses passos ao pé da letra, nem qualquer outros. Crie seus passos. S e j a f e l i z !




domingo, 25 de julho de 2010


E quem disse que pra estar junto precisa estar perto?
Infelizmente te amo, eterno Baby! E chato!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ah! O amor!

Não quero escrever sobre o amor. Ele é tão bonito para se resumir.
Até porque em alguns meses lerei novamente este texto e me impressionarei com minha imaturidade. Imatura por tentar falar de algo tão grande comparado ao meu tamanho. Vontade íntima de relatar sobre o amor em mim, eu tenho. Redundância é perdoável nesse caso. O amor não é perdoável, ora bolas? Que escroto, aqui estou escrevendo sobre o amor, sem a intenção de fazê-lo. O que me faz fazer isso? Pode ser tal vocábulo importante e significante conhecido como ‘saudade’. Ou seria a tal ‘carência de carinho’? Por fim, finalizo, finalmente, aquilo que não pode nem deve ter um fim tal qual não deve estar em textos, pois estes chegam a parte do ponto final. Amor, tão bonito! Uso, então, as reticências...








Créditos: Para todos os meus amores. Minhas duas famílias ( família e amigos [o que também inclui G. Felix] ) que fazem o meu amor não ser barrado no ponto final e ter o prazer de continuar com as reticências. Um ‘eu te amo’ para todos! Sem piegas!
Nove horas da manhã, já não tinha ninguém em casa. Levantou com o sono lhe puxando pra baixo. No espelho do banheiro via uma espinha enorme que ficaria ali por tempo indeterminado, claro. Banho? Não, agora não, está frio, poxa. Escovar os dentes? Sim, por favor! Pasta sabor menta. Mas menta não dá mau hálito? Que seja! Continuou com o pijama, óbvio. Quem lhe incomodaria em um dia tão monótono como aquele? Na cozinha, um copo de leite, antes tão comum, hoje não lhe agradava. Queria a Vodca. Para o café da manhã? Sim, por favor! O pão de ontem, hoje duro, lhe doeu às entranhas. Foi empurrada goela abaixo, afinal. No corredor, avistou o quarto da irmã. Dentro deste, avistou seu closet. No closet, avistou um vestido. Deveria? Por que não? Vermelho, justo, decotado, costas abertas. Foi mais que automático que o tecido lhe passasse pelo corpo e em pouco tempo lhe cobrisse. Não roubava, experimentava por instantes. Rodou com um desconcerto razoável por entre os cabides do closet. Encontrou um salto XV. Encontrou outro tão bonito quanto que ficou apertado no seu pé, obviamente. Mas não era problema, calçaria assim mesmo. Mesmo que por instantes. No banheiro do mesmo quarto, encontrou a bolsa de cosméticos de sua linda irmã. Seus dedos foram ágeis, puxaram o lápis de olho, o rímel, o blush, o pó compactor. E a sombra, então, amarela e verde. Deliciava-se com uma maquilagem exuberante (ou extravagante?). Ah! As bijuterias! Colares, brincos, pulseiras, anéis. Eram todos os enfeites sobre si.
Olhou seu corpo totalmente estranho ao espelho. Não se reconheceria se não soubesse que era quem era. Olhou para o relógio sobre o criado mudo do quarto feminino. 11:35. Ih! Tarde demais. Foi o tempo de virar seu corpo desajeitado para ver a porta do quarto abrir-se e a figura corpulenta de seu pai, junto ao corpo esguio de sua mãe, contendo ainda a presença dos olhos da irmã. Todos fitavam o mesmo ponto: a figura estranha, adornada! E foi a voz da jovem que quebrou o silêncio e o constrangimento:
- O que é que tem? Ele só acordou meio... sei lá.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Transitivo direto

Eu abri.
Peguei.
Tomei.
Assisti.
Levei.
Trouxe.
Entreguei.
Tirei.
Mexi.
Senti.
Tentei.
E por fim, indiretamente, não consegui.
Créditos: Dia do amigo! ♥

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Limitação auditiva

' Lá estavam os três anfíbios. Sapo, perereca e rã. O campeonato consistia na travessia da montanha, onde o vencedor seria quem chegasse ao outro lado primeiro. A montanha era enorme, surreal de tão grande que era. E foi dada a partida. A plateia, estarrecida, não cessava os gritos. "Desistam!" "Voltem, vocês não vão conseguir!" E em poucos minutos, o sapo descia, derrotado. Desistia. Os outros dois continuavam pulando, e os gritos não paravam. "Vocês não vão conseguir!" Em poucos minutos, a rã desistia. E lá estava a perereca, pulando sem cessar, sem temer. Os gritos continuavam: VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR, DESISTA! Porém, ela não desistiu. Algum tempo depois, a perereca atravessava a grande montanha. Do outro lado, questionaram-na como a mesma havia conseguido e descobriram, por fim: a perereca era surda. '
Muitas são as vezes que não conseguimos mais pelos outros do que por nós. Limite-se auditivamente para aquilo que tenta te impor limites e barreiras. Quem sabe até onde você consegue ir é você; você sabe do que é capaz. Seja surdo! Seja surda! É muito fácil desistir... Mas, vem cá, tudo que vem fácil é mais proveitoso e gratificante?

domingo, 4 de julho de 2010

Bipolaridade





Era constante sua luta com o interior, pessoa. Ela sabia exatamente como controlar o monstro que estava no seu íntimo. Se usava cedativos fortes, não sei, o que sei é que o controle era inexplicável. Inenarrável, até. Não podia fazer isso e não se atrevia a fazer aquilo. O próximo passo era pensado e repensado. Afinal, o monstro podia se soltar A QUALQUER MOMENTO. Vivia nesse jogo de segura aqui e empurra um pouco ali. Chegava a não dormir.No fim, sempre vencia mesmo. Foi assim até aquele dia. Alguém, destemido, depravado, imbatível, e por vez, inesquecível, apareceu de forma tão abrupta e sutil que a levou ao descontrole. A luta foi insaciável, ela tentava, segurava, polia, remediava. Não funcionava. Não adiantava. No exato momento o mosntro está livre. Uiva constantemente. A criatura original, aquela que fazia questão de caminhar com a coleira, a chave e o cadeado no bolso todo dia e toda noite, agora vive e sobrevive concomitante ao monstro solto. Este? Faz o que quer. Ele vive e incendeia... noite e dia, dia e noite. É até mais prazeroso, sabia? Agora ambos conseguem dormir. Sem pesos e sem correntes. E me pergunto: Por que não se soltou antes, ORRA? Já estava na hora do disfarce e do falso controle cair. Amém.
* Agradecimentos a Alanie, motivadora inicial para acabar com a preguiça do ser que aqui escreve. :B

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O que eu quero ler...

No momento, não quero ler palavras de auto-ajuda daqueles livros que dizem o mesmo clichê de sempre: Você conseguirá, sorria, a vida é bela, mas ninguém te come. No momento, não quero ler textos deprimentes que mostram que a morte é a melhor solução, que cortar os pulsos te leva para o abismo, que a escuridão pode ser tão boa quanto a claridade, que ser emo não é pecado. No momento, não quero ler palavras cômicas explicando a diferença do homem e da banana, mostrando o cruzamento de um jumento com uma lâmpada florescente, nem ler o blog do Tiririca. No momento, quero ler palavras quaisquer. Pode ser o dicionário com sua metalinguagem. Ou as palavras dele no MSN. Quem sabe até aquelas nos outdoors que eu nunca leio. Ou nas cédulas velhas e rabiscadas de R$2,00. Já sei! Nos papéis que insistem em me entregar toda vez que passo no calçadão de Nova Iguaçu "Ganhe dinheiro rápido!". Quero ler palavras que não lembrem as palavras 'incapacidade', 'inutilidade'. Ó, não. Lembrei de tais desgraçadas. Eu quero ler palavras que não sejam pensadas e previstas, que não saiam premeditadas. Que cheguem assim como não quer nada. Que saiam e apareçam na hora em que eu estiver no banheiro fazendo o número dois, ou vomitando o almoço, quem sabe a janta. Que saiam no momento mais natural. Que venham na hora que eu preciso, sem eu precisar.
Preciso ler palavras que digam 'sim', pois quero ouvir 'sim'. E palavras que digam 'não', pois seria legal ouvir um 'não' não premeditado. Quando estou mal, não quero ouvir que ficarei bem. Um abraço, um olhar, um sorriso. Esses dizem textos com o silêncio. Textos que quero ouvir. Que quero ler.



quarta-feira, 19 de maio de 2010

Os opostos

Qual é a graça do uniforme?

Qual é o lado bom de saber o que vem depois do A B C?

Seria excitante a não mudança e a monotonia?

Qual é a graça de olhar para o lado e ver um espelho? Vezes invertido, vezes não.

As sutis diferenças fazem as diferenças.

Diferenças enriquecem.

Pequeno e grande. Gordo e magro. Agitado e calmo. Confuso e centrado. Ciumento e seguro. Rock e Funk. Branco e Preto... Tudo se completa de algum jeito.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Quem tu queres ser?

Eu quero ser irônica; quero escrever de forma simples e engraçada. Quero ridicularizar os que se acham perfeitos. Quero ser quem tenta mostrar que há diferenças. Quero criticar as religiões fanáticas e preconceituosas. Quero apontar o governo tirano. Quero defender o direito de discordarem de mim. Quero ser Voltaire.
Quero ser nobre; quero discordar da nobreza da qual faço parte. Quero mostrar que uma pessoa nem sempre raciocina de acordo com os interesses da classe social a qual pertence. Quero defender a ideia de que ser rei não significa ser absoluto. Quero ser quem critica o poder concentrado. Quero que o poder limite o poder. Quero ser Montesquieu.
Eu quero ser democrata. Eu quero ser popular; eu quero ser cidadã. Quero decidir as ações do governo. Quero mudar o governo. Quero mostrar que temos o poder da mudança. Quero criticar os privilégios. Quero ser quem sabe que o homem é bom; quero saber que a sociedade o corrompe. Quero ser Rousseau.
Eu quero ser livre; quero ser autonôma; quero ser radical. Quero ser ousada; quero ser criativa. Quero ser intelectual; quero ser enérgica. Quero ser humilde, quero desprezar a nobreza fútil. Quero ser genial, quero ser artista. Quero dizer que nenhum rei é capaz de criar um grande artista. Quero ser Beethoven.
Eu quero ser uma gênia. Quero as melodias mais elegantes, adoráveis, graciosas e simples. Quero diversão. Quero misto e inteligência e boemia. Quero frivolidade e profundidade. Quero beber, quero gastar, quero a perdição junto a felicidade. Quero ser celebridade. Quero me enjoar da perfeição. Quero ser a amada de Deus. Quero ser Mozart... Amadeus.
Quero fazer história, quero estar na história. Quero pegar o livro e encontrar um capítulo meu. Quero ser diferente, mas não ser anormal. Não quero chamar atenção. Quero fazer algo novo acontecer. Quero mudanças. Quero ser... Eu.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Nojento é não ser nojento

Então, o ânus foi feito para não ser usado? "Eu não faço isso" é diferente de "eu nunca faço isso" que é diferente de "eu geralmente faço isso". Quem nunca fingiu bocejar para ver se estava com bafo? Quem nunca fingiu se espreguiçar para ver se a exila fedia? Quem nunca faz 'cocô'? Quem nunca faz 'xixi'? Qual mulher não troca absorvente? Quem nunca soltou 'pum'? Digo mais, quem nunca soltou 'pum' e disse 'não fui eu'?


Não sou a pessoa mais porca do mundo (há sempre alguém mais porco. Brincadeira.) tomo banho, escovo os dentes, lavo as mãos, não saio peidando em tudo que é lugar. PORÉM... Li um post em um blog qualquer que dizia:


"Ser feminina é ser mulher, é não ser nojenta, é não arrotar."


Então, em algumas culturas asiáticas não há mulheres, há travestis. Afinal, arrotar em mesa para algumas regiões é lei.


Digo e repito, não sou NOJENTA e PODRE, sou humana e uso artifícios humanos. Cago, mijo, vomito, arroto, peido, troco absorventes, e o que mais você possa imaginar. Claro que tudo tem sua hora, não peido 24 horas por dia. Isso é além de lógico, biológico.



O intuito desse 'textículo' não é defender que devemos ser podres, mas sim, DIRETAMENTE rebater ao outro 'textículo' e dizer, claramente:





Hipocrisia é o que veste a humanidade e também o que a destrói! Não se destrua, não seja hipócrita!





Ser mulher é ser humana! Ser humana é cometer falhas!


Um conselho: Arrote!


Melhor sair por cima do que explodir! =)




domingo, 28 de março de 2010

A princesa e o sapo

Era uma vez... em um reino muito, muito, muito distante, uma princesa que recebera de seu pai um presente. Não fora qualquer presente, claro. O rei lhe entregara embrulhado veludo vermelho um lindo e brilhante colar com um pingente de coração. A princesa, muito vaidosa, adorou tal presente e logo o levou para mostrar aos animais de estimação que viviam em seu jardim. Em pouco tempo lá estava a princesa com seu colar, brincando perto do lago. Quando aconteceu a tragédia!

De repente, mais que de repente, a princesa escorregou e deixou o colar cair no lago. Ficou desesperada. Como contar ao pai que deixara seu colar cair no lago bem no dia em que o ganhara? Chorou, chorou, chorou e viu um sapo sobre uma pedra próxima.

- Por que choras, Princesa?

- Sapo, perdi meu colar.

- Não se preocupe, Princesa. Pegarei o colar para ti. Contando que me leve para morar contigo no palácio.

- Sim, sapo, farei tudo.

E muito rápido o sapo sumiu e voltou para dentro do lago. Em poucos segundos, ele voltou. Trazia em sua boca o colar brilhante. A princesa ficou tão feliz, tão feliz. Tão feliz que deixou o sapo para trás sem nem lhe agradecer. O sapo, triste com o acontecido, resolveu que a história não terminaria assim.

Anoiteceu e a princesa janatava com seu pai no belo palácio quando ouviu batidas fortes na porta. A princesa foi atender a porta e viu o sapo indignado:

- Você prometeu, princesa. Prometeu que me traria para o palácio caso eu achasse seu colar.

A princesa fez sinal para que ele calasse a boca e fosse embora. Mas o sapo não se deu por vencido e começou a gritar. Até que o rei o ouviu e foi até a porta. Lá o sapo lhe contou a verdade e o rei ficou muito decepcionado com a princesa, não pelo acontecido, mas por ela não ter cumprido sua palavra.

Desse jeito, o rei ordenou que a princesa dividisse o seu quarto com o sapo e que fossem amigos. Assim aconteceu, a princesa conviveu tanto com o sapo que passou a amá-lo profundamente. Tornaram-se grandes amigos. E quando o sapo estava muito, muito, muito doente, fez um pedido para a princesa:

- Princesa, por favor, posso lhe fazer um pedido?

- Claro, sapo, o que quiser.

- Dê-me um último beijo.

E assim a princesa fez. Foi encostando bem devagar seus lábios na superfície lisa do sapo e lhe deu um estalado beijo.

Foi surpreendente o que aconteceu. O sapo tornou-se um príncipe, lindo. E emocionada, a princesa lhe deu outro beijo, agora não mais na superfície lisa, e sim nos seus lábios.

O príncipe e a princesa foram felizes para sempre*.


FIM



* Até o dia em que a princesa lhe beijou novamente e ele a mostrou que na verdade era sapo em sua essência e que só se tornara príncipe por um breve momento. Afinal, o primeiro beijo lhe mostrara uma face linda. E com o segundo, lhe mostrara o verdadeiro rosto.

domingo, 7 de março de 2010

O que vou ser quando crescer?

O ano mal começou e eu já reparei... De dez palavras que eu falo, sete são sobre vestibular. É impressionante como a gente fica nessa neurose de "vou passar, não vou passar", "que curso escolho?", "pra qual faculdade eu tento?". Eu já tenho certeza de qual curso eu quero desde os meus sete anos de idade, mas fico pensando se tentarei pra todas as universidades o mesmo curso que é super concorrido. Cheguei até a conversar com papis e dizer que ia fazer artes cênicas... Na Uff... Em Niteroi... Adivinhe o que ele achou. x)
Quando eu tinha meus cinco ou seis anos, meu sonho profissional era ser secretária. Eu achava um máximo e tinha certeza que eu seria uma grande secretária, ganhando muito dinheiro e viajando pelo mundo. Olhe só como a mente de uma criança é grandioza.
Agora, eu estou dando meus bofes para conseguir realizar um outro sonho. Sei que ficarei super triste se eu não passar, cara, afinal estou me esforçando e criando expectativas. Já até me imagino entrando na sala no meu primeiro dia de aula no curso de Direito lá no prédio da UERJ. *-*
Imagine só... Eu defendendo o presidente. Ou acusando. Naquele pretinho básico que me emagrece. Com minha família no tribunal segurando cartazes com fotos minhas coladas e gritando em coro: Ela merece! Ela merece! kkk'

Chega por hoje, gente. Até qualquer dia.

Ressalva para Márcio: Saudades, sua bicha. Já sonhei contigo desde o último dia em que conversamos três vezes e nas três você tentava chupar minha orelha. HUAHUAHUHUA Te amo! *-*

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Já ouviu falar no livro infantil "Sonhos de Talita"? É um livro que conta a vida de uma menina negra e seus maiores sonhos para enfrentar a vida, pelo o que eu saiba. Para quem me conhece e fica escutando minhas palhaçadas nos meus momentos de tédio profundo sabe que eu tenho um monte de sonhos. Alguns não tão comuns.
Mesmo que parece mentira, tudo que estiver aí embaixo são verdadeiros sonhos, e não ria, por favor. Eu tenho direito de ter meus sonhos, mesmo que malucos. /humpf

Primeiro sonho: Por eu sempre ter sido a mais baixinha de todos os grupos que ando, a mais baixinha da família, mais baixa que a irmã caçula e etc... Eu sempre quis alcançar coisas altas e uma dessas coisas era aquele treco no ônibus que tem em cima para ficar se segurando quando o ônibus está cheio. Eu nunca conseguia, porque meu braço doía, eu tinha que ficar na ponta dos pés. Até que eu fui para o centro do Rio e lá eu vi o meu sonho se concretizar. Aquela barra fica bem mais baixa do que aqui em Nova Iguaçu. E eu pude ir a viagem inteira segurando naquela barra. Eu fui a viagem inteira sorrindo, o ônibus cheio, eu com o braço naquela barra, mas um sorriso no rosto, feliz por realizar meu sonho. Cara, foi demais.

Segundo sonho: Sabe aquele pirulito do Chaves? Meu sonho sempre foi encontrar um beeem grande. Não era um grande, nem enorme. Era um mais que enorme. Um gigante. Eu sempre encontrava um de tamanho razoável, mas eu queria um que o tamanho fosse tão absurdo que ninguém conseguisse comer. Para quê, Talita? Para estragar? Não, para tirar foto. Eu achava que nunca ia conseguir e já perdia minhas esperanças... QUANDO... Fui para Aparecida do Norte e andando nas ruas de lá, fazendo comprinhas básicas e TCHARAN! UM PIRULITO DO CHAVES ENORMEMENTE ENORME, MAIS QUE ENORME, ABSURDAMENTE ENORME! Cara, eu quse tive um ataque cardíaco. Fiquei muuito feliz, muito mesmo. Porém ninguém quis parar para eu tirar foto com o pirulito. Continuarei em busca do meu sonho... =/

Terceiro sonho: Sabe aquelas rampas de estacionamento? Queria tanto, mas tanto, tanto mesmo sair rolando por um delas, mas não é qualquer uma. É aquela perto da Via Light. Aquilo que é rampa de estacionamento. ENORME! PERFEITA! Um dia vou vestir uma fantasia de espiã, daquelas grudadas no corpo e preta, e sair rolando contente, serelepe pompona pela rampa. *--*

Outro dia relato os outros sonhos. Se quiser saber, volte, adorarei te ver por aqui. Beijos da anfíbia :*

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Por que não chama pelo nome certo?

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Não sei se você percebeu, mas há algumas pessoas que tem medo de falar certas palavras. Quer ver só?
Se uma moça está conversando com outra e lembram-se de uma garota que sofreu estupro, uma fala:
- Sabe aquele menina? Um homem agarrou a coitadinha.
Por que não falar que ela foi estuprada logo? Outra palavra é "menstruada".
- Minha filha ficou mocinha!
Por que não dizer que ela menstruou?
E os piores! Relacionados a sexo!
- Mentira que fulana já "pimbou"?
- Mas ela já "coisou"?
- Então ela deu sim!
- Duvido que ainda não tenham feito aquilo.
Por que não, simplesmente, utilizam das palavras "sexo", "transar", "relação sexual"?
E agora algo que me deixa indignada (afinal no Curso Normal me prepara para trabalhar com partes do corpo com a criança) é quando escuto:
- Vê se lava a periquitinha hein!
- Coloca o pixoco pra dentro da calça, menino!
- Lava direito o piu-piu/pintinho/bingulim.
- Cadê a pererequinha da mamãe? Cuti cuti!
Com tantos nomes assim a criança sempre vai se confundir, uma vez que ela tem bingulim e o amigo tem pixoco. Não seria mais fácil ensiná-las que possuem ou vagina ou pênis?
Um caso, por exemplo, foi o da minha professora de Bilogia que falava para sua filha que ela tinha periquita. Todo dia ao dar banho na menina, ela dizia:
- Olha a periquitinha!
Um belo dia, minha professora leva sua filha ao zoológico, e a chama:
- Vamos, filha, ver o viveiro de periquitas, é um lugar onde tem um monte de periquita pendurada.
A menina começou a chorar e disse que não ia. Imagine a cena que estava passando na cabeça da pobre coitada.
Imagine se você um menino que está acostumado a chamar seu pênis de pintinho em um galinheiro.
Se não déssemos nomes errados para as partes íntimas, você certamente não teria pensado besteira na primeira vez que viu o link desse blog.
Que tal ensinarmos para a próxima geração que o certo a se fazer é chamar cada coisa com seu devido nome? Evitaríamos várias situaçãos constrangedoras!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Tarde magnífica



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"E então, Talita, hoje falaremos mais sobre aquela palhaçada de rã, sapo, perereca e escambau a quatro?"


Não, por enquanto não.




Hoje vou falar sobre minha tarde magnífica (não, não fui à praia, não, não fui à Terra Encantada, não, não ganhei na Loteria, não, não apertei a bunda do Rodrigo Hilbert). Minha tarde foi magnífica, pois passei ao lado de Manu e Lipe.


Manu fica toda sem graça ao andar comigo no centro da cidade, apenas porque costumo falar algumas besteiras, agora imaginem como ela fica quando estamos eu e Felipe conversando. Eu sei que sou cara-de-pau, já me conforme, mas ele é o dobro.


Estávamos indo comprar DVD (pirata, sim, mas não existe anime sem ser pirata, né?) e eu sussurrei:


- Filho, esse ano te dou o dinheiro para vocÊ comprar aquele DVD pra mim..


Não, gente, o DVD não é de filme pornô, mas é bem constrangedor.


Ele, então, chega na banca e diz bem alto:


- Olha, Talita, escolhe aí qual desses você quer.


Só faz vergonha!


Na outra vez foi quando Manu estava boladona na fila para pagar conta e nós dois esperando, sentados na cama da loja (sem propagandas).


Então, sai um rapaz de dentro de uma sala e eu apenas comento, sussurrando:


- Bonito!


E ele começa a gritar:


- Talita, você é ridícula! Foi o cara aparecer e fica aqui falando que ele é gatinho, e blá blá blá.


Detalhe importantíssimo:


O rapaz havia sentado bem na nossa frente.


De novo, só faz vergonha!


E quando ele ficou gritando o nome da Manu no meio do Calçadão?




Ele, definitivamente, é meu filho. Percebe-se, principalmente, pela semelhância nas cabeças desproporcionais aos corpos e nas caras de pau.


Eu me diverti tanto, e olha que foi apenas pagando conta e pegando resultado na escola.


Estou louca para as aulas voltarem logo, cara. Saudades dessas zoações.


E por falar em escola...


Fui aprovada. Sem dependências. Mas, infelizmente, aquele 3,0 em C.F.N apareceu. Que vontade de transformá-lo em 8,0, mas não farei. Não sou menina má, eu acho.


Bom, por hoje é só isso, depois venho contar mais coisas.


Só que não posso ir sem falar algo importante:


Ontem vi uma perereca ou rão (não sei diferenciar esses bichos) na hora em que abria o portão para meu pai. Após correr ( de puro e aterrorizante medo [ sim, eu tenho medo desses bichos ])


Fiquei pensando e não tirava a perereca da minha cabeça enquanto assistia Big Brother.


"Será que é um sinal? Será que Deus não está satisfeito de eu ficar falando da perereca? Ou será que é um sinal para não largar o blog?"




Sei lá, vai saber né?

sábado, 23 de janeiro de 2010

Inveja mata - O veneno da perereca


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Para quem nunca separou um tempo para estudar sobre os anfíbios, aqui vai uma curiosidade (não, eu não sou maluca e separei um tempo da minha vida ara estudar os anfíbios, eu fui obrigada a estudar por causa de minha aula prática). Os anfíbios são realmente venenosos, em sua grande maioria. E seu veneno é fatal. "Oh meu Deus, Talita, achei uma perereca linda e passei a noite toda massageando a perereca. Vou morrer?" Não enquanto não colocar a mão na boca ou em qualquer outro orifício de seu corpo. O veneno só nos ataca quando o inalamos, se você beijou, chupou (ou qualquer coisa do tipo) a perereca, aí sim, sinto muito, pois há uma probabilidade enorme de você morrer, caso essa perereca seja venenosa. O veneno, como já disse, é realmente destruidor. E há outro veneno tão mórbido quanto: A inveja.


Meu pai ao construir nossa casa, resolveu deixar um pedaço do terreno livre e ao murar deu a entender que esse pedaço não era nosso. O povo do bairro ganhou um presente: uma rua. Com a tal rua ficava tudo mais fácil, pois era só cortar caminho por ali. Porém, contuuudo, todaaavia... Meu pai ouviu que um homem maldoso chamado Sr. Sem Terra pretendia invadir nosso terreno, e mais que depressa Papai chama sua tropa de fiéis amigos e cercou seu território. Adivinhem! O povo se rebelou contra o fato de ter que andar mais e ficar sem a rua improvisada. E o tal Sr. Sem Terra foi falar da minha família (o que me inclui) para os nosso vizinhos, afirmando que meu pai é olho grande, que ele quer tudo, que já tem uma boa casa e quer ter mais.


O que não me surpreende, afinal já falaram quando compramos o carro, quando fizemos a casa do segundo andar, quando fizemos a garagem e todas nossas vitórias. O que eles não sabem é que isso não nos destrói, isso apenas acaba com eles. Invea é algo que não atinge o invejado, apenas corrói o invejoso. Graças a Deus, abomino a inveja e dou graças por tudo que tenho sem desejar nada do próximo (Exceto o Rodrigo Hilbert, que eu invejo a Fernanda Lima eternamente).

Peço apenas a Deus que Ele abra os olhos de tais pessoas e elas vejam que estão chupando e lambendo uma perereca. Iludindo-se ao achar que estão fazendo mal a nós, estão morrendo aos poucos. E esse veneno é, como sabemos, fatal.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Simbiose Múltipla - Estreia





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"As palavras que aqui escrevo me salvam da loucura"


Charles Bukowsky




Blog novo, novas coisas, novas criaturas, novas besteiras e palhaçadas, novas crises emo's e TPMáticas.


Espero não largar esse em pouco tempo. E que a preguiça de abrir o site Blogger não me domine. O que acho muito impossível, afinal a preguiça sabe o jeito de se chegar e me abraçar, me deixando aninhada nos braços dela. :(


Meu intuito é que esse blog seja um local onde colocarei tudo o que me acontece no dia. Acho que não vou aguentar relatar tudo, mas tentarei né? Nossa, como estou negativa hoje!


Como hoje é o primeiro dia de blog, eu não estou com muito 'saco' para descrever meu dia, que definitivamente foi muito comédia.


Ah! Por que o nome Simbiose, Talita? Você tem dupla personalidade? O.O


Não que eu saiba. Porém visões eu tenho duplas, triplas, quadrúplas... Acho que um Blog é muito mais visão e percepção, não acha?


E comentários, Talita? Vai implorar comentários como no último blog?


Definitivamente, não. Tanto que até ocultei. Adoraria receber comentários, mas dificilmente alguém comenta, muitas vezes por falta de tempo. Ganhei um pedaço no céu, pensei no tempo que você tem na lan house. x)


Enfim, acho que já escrevi demais para um primeiro dia. Quem sabe amanhã eu volte aqui. =)


Beijos quentes. z2